O melhor vinho branco do mundo é português

19/09/2017 16:34

Pela primeira vez o melhor vinho branco do mundo é português. É um Conde D'Ervideira que arrebatou a medalha de ouro num concurso onde estavam à prova os 16 melhores vinhos brancos do mundo. O diretor geral da adega, Duarte Leal da Costa, ficou muito emocionado com o reconhecimento do néctar «mais premiado da adega».
O Conde D’Ervideira foi eleito o melhor do mundo no concurso mais exigente para vinhos brancos, o Mundus Vini, na Alemanha, onde todos os grandes produtores colocam à prova os seus produtos. Convenceu, com a sua casta Antão Vaz, uma uva 100% nacional, do Alentejo.
Com este prémio, um dos muitos do seu palmarés, «vai ter influência, essencialmente no consumidor, que vai perceber que está a comprar um dos grandes vinhos brancos do mundo», comentou o contente Duarte Leal da Costa.
Com uma produção de 35 mil garrafas por ano, praticamente metade é exportado para toda a Europa e Brasil, o que representa um grande peso na faturação da adega. “É o primeiro dos nossos vinhos topo de gama, e as garrafas esgotam completamente”, refere o diretor geral da  adega.

Opinão

Já foi tempo

Gosto não se discute. Ou «desce» bem ou então vamos abrir uma garrafa de outra região. Quando cheguei em Portugal, há mais de 23 anos, conheci pessoas que faziam isso. Mas, hoje, não funciona mais assim. As pessoas já estão sabendo o que querem e onde encontrar sua bebida com o sabor e o preço que melhor lhe convém.

Voltando há 1992 e como meus amigos eram jovens e assalariados, como eu, fomos aprendendo nomes e rótulos e as regiões de onde procediam os vinhos que mais nos agradavam. Uns aconselhavam o «tintinho» do Douro, outros preferiam do Alentejo. E, geralmente, próximos da região que haviam nascidos ou das vilas que foram criados. E não podíamos nos enganar na escolha, porque não tínhamos muito para gastar.

Falava-se muito na época, que para se fazer um bom vinho dependia, quase que exclusivamente, da safra das uvas. Do famoso «terrier», palavra criada pelos franceses para tentar explicar o segredo para o sabor das castas, que quando plantadas num local tinham um gosto e, em outro, o paladar era diferente. Ou seja, um bom vinho dependia do clima, do solo, do Sol ou da chuva.

Acho que hoje o fabrico já não funciona mais assim. A produção já não fica mais a espera da sorte. A mercê do bom tempo. Os fabricantes trataram de proteger as suas bebidas e o seu negócio, com muita competência e talento, contratando agrónomos com especialização em Enologia para tratar da escolha do solo, passando pelo plantio, produção, engarrafamento, envelhecimento e vendas. Colocaram nas mãos de profissionais para ter sucesso no fabrico.

E o enólogo passou a ter uma importância fundamental para o sucesso de um bom rótulo. E já faz alguns anos que os portugueses despertaram para este detalhe e entraram a sério na produção de vinhos, de qualquer cor ou sabor, licorosos ou espumantes, verdes ou maduros. O país oferece hoje uma excelente garrafeira que não fica a dever nada a nenhum outro país no mundo fabricante de vinho.

Sou testemunha que a qualidade está presente no dia-a-dia na mesa da população. Com vinhos fantásticos e ao alcance do bolso da população e que são encontrados em qualquer parte. E estes rótulos populares, assino em baixo: JP, Piriquita, Porta da Ravessa e Monte Velho.

José Roberto Tedesco

 

 

No Segundo Caderno

Reguengos de Monsaraz             Cidade Europeia do Vinho 2015

Bacalhôa Vinhos de Portugal       Empresa do ano de 2014

No Tome Nota

Bay The Wine (Wine Bar - Lisboa)
 
Caves do Solar de São Domingos - Bairrada

Contato

Sabores do Baco 2825-380 Costa da Caparica Almada Portugal 00 351 962056113
00 351 218043157
preferidosdodeusbaco@gmail.com